É muita gente. O Brasil tem cerca de 190 milhões de habitantes; destes, mais de 135 milhões são eleitores. E se voltarmos à época em que o Brasil ainda era colônia de Portugal, veremos que, se tratando de eleições, nosso país tem muito para contar.
Em 1532, a população elegeu, em São Vicente, o primeiro Conselho Municipal para cuidar das questões daquela região. Para que se realizassem as eleições para os Conselhos, em 1603, foi criado o Livro das Ordenações, que estabeleceu as regras da votação, sendo considerado, então, o primeiro Código Eleitoral Brasileiro.
Em 1821, foram realizadas as primeiras eleições gerais no Brasil, ocasião em que foram eleitos por voto indireto 72 cidadãos brasileiros para representar o povo na Corte Portuguesa. Não existiam partidos políticos, o voto era aberto e não era um direito de toda a população: só votavam os homens livres.
Com a independência do País em 1822, D. Pedro I mandou elaborar a primeira Legislação Eleitoral Brasileira, que seria utilizada para a eleição da Assembléia Geral Constituinte de 1824, em que só votaria quem tivesse muito dinheiro ou fosse dono de terras. ( A MAIORIA QUE SE ELEGE HOJE, INVESTE MUITO DINHEIRO, NÃO MUDOU MUITO DE ELEITOR PARA CANDITADO)
Em 1855, criou-se o voto distrital, que só veio por causa da criação da Lei dos Círculos, revogada logo em seguida. Um tempo depois, criou-se a segunda Lei dos Círculos, que exigia que os candidatos deixassem seus cargos seis meses antes da eleição. O voto era aberto e, até o final da Primeira República (1930), prevaleceram as fraudes eleitorais ( HOJE COMPRA DE VOTO).
A Primeira República ou República Velha (1889-1930) não tem boa fama. Ela caracterizou-se pelo poder dos coronéis na política, o voto aberto e pelas fraudes eleitorais (HOJE CORONÉIS DE TERNOS).
Com o início da Era Vargas, a Revolução de 1930 colocou o gaúcho Getúlio Vargas no poder até 1945 por meio de um golpe de Estado. Depois dele, Eurico Gaspar Dutra governou o País até 1950.
Nesse vai-e-vem, Vargas subiu novamente ao poder, mas suicidou-se em 1954. De 1954 a 1955, o Brasil foi governado por Café Filho. De 1956 até 1961, foi a vez de Juscelino Kubitschek dirigir o País.
Jânio Quadros foi eleito em outubro de 1960, mas iniciou seu mandato em janeiro de 1961, renunciando sete meses depois. João Goulart, que era vice-presidente, assumiu a “cadeira” de Jânio, permanecendo por quase três anos, até que foi impedido de governar por um novo golpe, o do regime Militar (1964-1985).
Em 1984, surgiu o Movimento pelas Diretas Já (ENFIM A VEZ DO POVO, SERÁ), que exigia a volta das eleições diretas para presidente. Em janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral elegeu Tancredo Neves pelo voto indireto. Três meses depois, Tancredo faleceu e foi substituído pelo vice José Sarney: estava instaurada a Nova República.
Em 1989, os brasileiros elegeram diretamente seu presidente, Fernando Collor de Mello, mas ele sofreu um impedimento para governar (impeachment) três anos depois de assumir o poder. Em 1994, Fernando Henrique Cardoso concorreu ao mandato presidencial, disputando com Luiz Inácio Lula da Silva. Foi a vez de um outro Fernando governar o País, permanecendo, por meio da reeleição, até dezembro de 2002. Em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva elegeu-se presidente da República e foi reeleito para o cargo em 2006, devendo permanecer até dezembro de 2010. Em outubro do mesmo ano, realizou-se o segundo turno das eleições, quando foi eleita Dilma Rousseff para a Presidência da República.
Nenhum comentário:
Postar um comentário